Recorte do cartaz de Dinossauros (2005): ao fim
A velha Triceratops viu o companheiro morrer e sua vida perder o sentido. Nasceu a saudade. O Braquiossauro se apaixonou pelo Pterodáctilo e por mais alto que seu pescoço fosse nunca alcançava o tão alto que ia quem amava. Nasceu a incompatibilidade. O Pterodáctilo, inconformado, saiu voando, voando, sem nunca voltar, tentando entender o amor. Nasceu a dúvida e a solidão. O Hadrossauro se apaixonou pela amiga, mas ela não sentia o mesmo por ele. Nasceu o amor não correspondido. O Oviráptor cansou de roubar ovos e resolveu roubar o amor de outros dinossauros. Nasceu a traição. O Velociráptor traído correu por toda a Terra tentando alcançar o amor perdido. Nasceu a dor. O Tiranossauro Rex se apaixonou por outro macho, mas sua família o devorou ao descobrir que era gay. Nasceu o preconceito. O Estegossauro acreditou quando seu amor disse que voltaria e ficou no mesmo lugar esperando ele voltar. Nasceu o abandono. O amor nasceu do nada e morreu por tudo.
Assim, cada um com sua dor, os dinossauros amaram. Amaram tanto que esqueceram de tudo. E não, os dinossauros não morreram de frio, de uma explosão, muito menos por qualquer outra explicação inventada. Na verdade, os dinossauros morreram foi de amor.
Nenhum comentário:
Postar um comentário